Sinto? Não sinto? Que se passa? Onde estou? Quem sou? De quem gosto? No que me tornei eu? Quero? Não quero? Gosto? Não gosto? Não sei. Nada sei do que sou do que faço ou sequer o que digo ou escrevo. Quando chego a este ponto, em que paro e penso sobre todas estas questões é porque alguma coisa aconteceu ou virá a acontecer. Não sei o que sou ou o que sinto. Não tenho sentimentos definidos. Não consigo pensar. Só vagueio, passeio, a tentar descobrir o meu futuro em actos irreais do presente. Sinceramente, não sei se era esta a pessoa que eu queria ser no passado. Não sei se é esta que quero ser no futuro. Só sei que nada sei, que pouco sinto e que ainda menos exprimo. É mau. Algo não está bem. Pensar, é isto que tenho a fazer. Reflectir, imaginar um futuro melhor. Esquecer os maus momentos relembrar os bons e a partir dai definir-me. Definir quem sou, o que sinto, o que se passa, onde me encontro e de quem gosto realmente. Talvez a primeira e a última resposta sejam as mais importantes. O que sou, e de quem gosto. Preciso de voltar a amar para poder voltar a sentir, para poder ressuscitar das cinzas, aparecer, imergir e mudar.
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