sábado, 22 de maio de 2010

Pura imaginação


Quando um dia te vi e sem o ter do gostar te deixei partir, levando contigo a minha felicidade. Contigo foi todo o meu amor, todo o sangue, todo o sofrimento da luta ardente entre a minha alma e o meu coração. Acabou deixando em mim um rasto de desgosto e de miséria, restando só uma alma não sabedora do que é o dar, o ter, o ambicionar e nem sequer o amar. Partiste e eu deixei simplesmente levar-te tudo o que tinha em mim, até mesmo a minha liberdade de espírito e a ambição do ter! Como já muitas pessoas já o disseram: “ o coração me levou mas não muito bem tratado”, pois sei que para me tirares isto tudo tiveste que ter o dom de arrancar a sangue frio o meu coração sofredor do teu amor sem sentido! Hoje eu sei que nada disto faz sentido e que tudo é uma pura fantasia da minha imaginação, mas se o escrevo é porque algo há-de fazer sentido, nem tudo é assim tão imaginado, algo há-de ser sentido. A escrita é sentimento, para mim é um escape à realidade do meu ser.
Miguel Menezes 22/05/2010

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